Silenciosa alma poeta
Data: 22/03/2007
Créditos:
Poema: Maria Petronilho
Voz: Ferndo Reis Costa
Poeta, que vais na sombra
levando estrelas escondidas
que pouco a pouco revelas
ardem-te como feridas
mas não podes fugir delas!
és da suma dor guarida
olhas em espanto e tristeza
quanta loucura te cerca
ai, vais na margem na vida
porque a vida te atormenta.
olhas as folhas caindo
olhas as flores brotando
e caminhas entre espinhos
com os teus pés doloridos
a tua alma sangrando
e o mundo de ti se aparta
até que a morte desvenda
teu espólio e te oferenda
uma rosa amanhecida
que te desfolha na campa
onde nem podes cheirá-la!
Enviado por Maria Petronilho em 17/02/2007